segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sociedade


Que vontade de fazer o que eu quiser, sem ninguém para me criticar, e isso acontece porque nós vivemos numa sociedade hipócrita. Onde todos acham que são livres e que podem fazer o que quiserem. Mais chega certas situações em que percebemos que isso era tudo ilusão. Pois deixamos a sociedade entrar nas nossas vidas e fazerem o que quiserem, e nos fazem achar que sempre estamos errados, e para agradar a sociedade mudamos a nossa vida. Percebemos que as pessoas, vivem para as outras pessoas. Chega um dia em que nós nos arrependemos e vemos que tudo o que você fez foi errado, e achamos que é tarde de mais. Mas não, nós temos é que criar coragem para enfrentá-la e isso não é fácil. E é por isso que em alguns dias ficamos revoltados, choramos, e temos uma vontade de gritar, mais não sabemos o porquê. E o pior é que fazemos parte da sociedade. Vida + sociedade = inferno. Concordo com o que Salvador Dali diz “O palhaço não sou eu, mas sim esta sociedade monstruosamente, cínica e tão ingenuamente inconsciente que joga ao jogo da seriedade para melhor esconder a loucura.”

Até quando vamos ser “palhaços”?

Por Izabela Linhares

sábado, 29 de maio de 2010

O tempo.

Talvez o melhor a fazer fosse esquecer. O mais saudável.
Então saiu pela rua, a fim de se distrair. Tentava não pensar em nada, mas quanto mais tentava, mais pensava, e mais doía. Tudo agora era em vão: seu amor, seu tempo, suas preocupações. . . PREOCUPAÇÕES... antes era tão banais, agora ela tinha um dilema. Costumava usar uma mascara, mas já estava cansada de estar feliz o tempo inteiro, se por dentro era um verdadeiro campo de batalha. Já fazia muito que jogara a mascara fora.
Era bom não fingir, mas ser ela também doía. Porque quando ela voltava ao seu real se deparava com ele. Fingir que estava tudo bem funcionava, até ela o encontrar e se lembrar que não, estava bem longe de estar tudo bem. Ignorá-lo talvez fosse melhor, enquanto estava o vendo. Assim, quem iria pra casa pensando no qe estava acontecendo seria ele, não ela. Ou pelo mesmo era assim que ela gostaria que fosse. A verdade era que ao se distanciar dele, se sentia ainda pior, por ter sido tão fria.
As vezes pensava, se eu ao menos tivesse outro, se tivesse alguém qe se importasse. . . mas não tinha, e ela já estava cansada de viver por suposições. Ela qeria um sinal, um único sinal. Isso não podia ser normal. O que ela sentia não era normal. O que houve entre eles não foi normal.
Já havia andado bastante, mas não se importava. Gostava de pensar. Não a levaria a nenhum lugar, a não ser ao passado, mas talvez fosse lá qe ela gostaria de estar, presa num passado perfeito. Talvez nem tão perfeito havia sido. Ela deveria ter percebido que era errado, que tinha algo errado naquilo. Mas agora não adiantava nada, chorar, debochar, ignorar, sorrir, mascaras, mascaras e mais mascaras. E ela havia se perdido no meio de tantas mascaras.
Talvez ela exigisse demais das pessoas. . Mais do que elas poderiam dar.. Mas ficar se culpando não adiantaria, afinal, ele também havia feito.
Já era noite, resolveu pegar um metrô e voltar pra casa, antes que ficasse muito tarde. Agora a única coisa qe fazia era pedir. Se afinal, havia alguma força maior, que ela a ajudasse, ela qeria apenas um sinal. Ela só qeria saber disso. Se tivesse a certeza, lutaria. Se eles fossem ficar juntos, qe fosse pra valer. Se não, qe ele nem ousasse voltar dizendo que foi só um erro. Mas era tudo o que ela precisava: de respostas, de um sinal.
Descendo do metrô, parou num bar. Ao entrar ouve a musica. Aquela musica que há um tempo ele havia cantado pra ela. Aquela musica em que ouviram pela primeira vez abraçados, cuja letra dizia apenas que tudo ia ficar bem. Não precisou de mais nada, apenas olhou aos céus e fez um gesto, agradecendo. Pegou uma bebida e foi embora, murmurando algo sobre o tempo ser a resposta pra tudo.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Eu te amo


Há alguns dias atrás, numa aula de matemática, meu professou passou uma equação e disse que seu resultado seria uma declaração de amor. A equação era esta: x²-(2amo)x+(a²m²o²-t²e²)=0 e seu resultado era simplesmente amo-te. Aí eu parei pra pensar; ele disse uma 'linda declaração de amor' e no entanto apareceu apenas "te amo", frase tão usada no nosso dia-a-dia.

Então eu percebi, quantas vezes dizemos "eu te amo" quando queremos dizer apenas "gosto de estar com você" ou mesmo "te adoro" ? A gente acaba não sentindo o peso dessas três palavras, passam por despercebidas, a gente ama todo mundo.

Você conhece um garoto hoje, amanhã no msn já diz que o ama. Que amor é esse? Te amo's estão sendo distribuídos de graça, você ama aquele cara que conheceu a dois dias pelo orkut, tem um louco amor por aquele famoso que nunca viu na vida, e ama aquele garoto-colírio que mora do outro lado do país, com quem nunca conversou.

E eu só tenho uma pergunta: a gente tem achado tempo pra amar quem está perto? Não sei mais até quando um 'eu te amo' é verdadeiro. Ao invés de amar aquele vocalista lindo de uma banda americana, que tal olhar ao lado e amar quem realmente você conhece ?

Eu te amo não é bom dia .

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Manual de Instruções


Seria perfeito se as pessoas viessem ao mundo com um manual de instruções. Assim as amizades seriam eternas, assim ninguém sofreria por amor. Assim eu poderia finalmente entender o que se passa dentro da sua cabeça. Eu iria entender porque as pessoas mentem, e saberia se as pessoas iriam me fazer bem. Eu também iria compreender o porque de você ser assim, tão confuso. Com um manual de instruções nas mãos eu saberia o que falar pra cada pessoa, eu saberia do que cada um precisava, e poderia os ajudar. Com um manual de instruções nas mãos eu saberia se você precisa de mim e das minhas palavras de conforto.
O primeiro manual que iria ler até o fim, não seria o seu. Seria o meu. Eu tentaria entender porque preciso tanto de você e porque você não sai de mim. Depois que conseguisse uma explicação pra essa loucura eu tentaria então achar um jeito de reverter isso. Porque se você conhece a doença pode receitar um remédio pra ela. Mas caso não conseguisse, aí sim eu leria por completo o seu manual, e saberia se você precisa de mim como eu preciso de você. Aí sim, se eu tivesse a certeza de que sou completamente inútil pra você, eu iria embora.
Porque ninguém quer continuar por si só, Todo mundo quer saber que não está sozinho, quer alguém que sinta as mesmas coisas em algum lugar. E deve ter alguém para mim lá fora. Assim, quando eu me for, eu irei de uma vez só, para sempre. E você nem vai notar, até porque nunca notou. E eu serei brisa, eu serei vento, eu serei sol, eu serei um pouco de tudo... Serei um tudo de um nada... E assim serei para ti o tempo que passou...