segunda-feira, 21 de junho de 2010

A menina que acreditava em sonhos (Parte 2)


Mas um dia, ao se encontrar com ele, ela sentiu uma dor como nunca havia sentido antes, nem quando ele a cortou, nem quando a deixou. Mais forte que tudo. E o corte ardia, ela chorava de dor como nunca antes. E ele foi embora de novo, deixando-a gritando de dor, e disse: “É para o seu bem”. A garota ficou deitada no chão, até que a ajudaram a ir para casa. E ela dormiu. Rápido demais para quem sente uma dor tão forte, mas ela estava cansada. E tão rápido quanto o sono veio, a dor cessou. Quando ela acordou sentiu que a dor tão grande havia parado. A ferida enfim estava cicatrizando, rápido demais. E a garota ficou sem entender, como podia ela estar bem, depois de uma dor tão forte sentida há tão pouco tempo? A única dor que restara era de pensar que o menino não iria mais voltar. E ela sem entender. Até que um dia ela percebeu o que tinha feito sua dor aumentar tanto, e horas depois cessar quase completamente. O garoto tinha voltado apenas para passar merthiolate na ferida que ele tinha provocado, para acabar de vez com o sofrimento da menina. E depois disso foi embora. Porque ele fez isso? Simplesmente porque para ele, eles não podiam ficar juntos. Se a ferida realmente cicatrizou por completo? Ela não fazia idéia.

Continua. . .

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